A famosa arte suave teve sua origem no Japão, e trata-se da prática de golpes com o intuito de dominar o oponente, imobilizando-o e levando-o ao chão.

A origem do Jiu Jitsu é um resultado das artes marciais ancestrais. As artes marciais chinesas e estilos de lutas de diversos povos contribuíram para o desenvolvimento desta arte única e tão importante, que transformou o próprio ser humano em uma arma tão poderosa para o campo de batalha e combate, por ser um método de defesa pessoal sem armas.

A finalidade de sua criação se deu pelo fato de que, no campo de batalha ou durante qualquer enfrentamento, um samurai poderia acabar sem suas espadas ou lanças, necessitando de um método de defesa sem armas. Os golpes traumáticos não se mostravam suficientes nesse ambiente de luta, já que os samurais vestiam armaduras, as quedas e torções começaram a ganhar espaço pela sua eficiência.

O Jiu-Jitsu, assim, nascia de sua contraposição ao kenjitsu e outras artes ditas rígidas, em que os combatentes portavam espadas ou outras armas.

O Jiu- Jitsu chegou ao brasil no ano de 1914 com o japonês Mitsuyo Maeda, que em julho desembarcou no Brasil e mudou a história do esporte.

Conde Koma, tornou tradição entre os professores de Jiu-Jitsu, também lançava desafios para rivais famosos do boxe. Este professor promoveu o primeiro campeonato brasileiro de Jiu-Jitsu do país. Em 11 de março de 1915, o evento marcado para o teatro Carlos Gomes no Rio de Janeiro, Koma anunciava as primeiras regras do nosso Jiu-Jitsu, um regulamento com dez leis simples:

1. Todo lutador deverá se apresentar com as unhas das mãos e dos pés perfeitamente cortadas;
2. Deverá usar kimono
3. Não é permitido morder, arranhar, pegar com a cabeça ou com o punho;
4. Se fizer uso do pé nunca se fará com a ponta e sim com a curva;
5. Não se considera vencido o que tenha as costas em terra ainda que tenha caído primeiro;
6. O que se considera vencido o demonstrará dando três palmadas sobre o tatame ou sobre o corpo do adversário;
7. O juiz considerará vencido o que por efeito da luta não se recorde que deve dar três palmadas;
8. As lutas se dividirão em rounds ou encontros de cinco minutos por dois de descanso.
9. Se os lutadores caírem fora do tapete, sem que nenhum deles tenha avisado, o Sr. Juiz deve obrigá-los a colocar-se de novo no centro do tatame, em pé, frente a frente;
10. Nem a empresa nem o lutador que vencer é responsável pelo maior mal que possa sobrevir ao vencido, se por tenacidade não quiser dar o sinal convencionado para terminar a luta e declarar-se vencido.

Em 1917, Carlos Gracie (1902–1994) ainda adolescente, viu pela primeira vez em Belém uma apresentação do japonês que era capaz de dominar e finalizar os gigantes da região.

 Amigo de seu pai, Gastão Gracie, Maeda concordou em ensinar ao garoto a arte de se defender. Em suas aulas, ensinava a Carlos e a outros brasileiros – como Luiz França, que mais tarde seria mestre de Oswaldo Fadda – os conceitos de sua arte: em pé ou no chão, a força do oponente deveria ser a arma para a vitória; para se aproximar do adversário, o uso de chutes baixos e cotoveladas deveriam ser os artifícios antes de levá-lo para o chão. Para evolução nos treinos, lançava mão do randori, o treino à vera com um companheiro.

A vestimenta principal do jiu jitsu é o Kimono, e existe um sistema de graduação por faixas, que cada atleta possui uma faixa de jiu jitsu que precisa usar durante os seus treinos como parte de sua roupa de treino. Esta faixa identifica o grau de qualificação que este atleta tem para praticar o esporte. A mudança de faixa se dá em uma cerimônia do esporte chamada graduação.

As cores das faixas do jiu-jitsu são (respectivamente, do menos para o mais qualificado): Branca, Azul, Roxo, Marrom, Preto e Vermelho.

Nos campeonatos, os oponentes que irão se enfrentar devem ter o mesmo nível de graduação e a mesma categoria de peso que as regras do jiu jitsu determinam. Estes dois fatores garantem o “fair play” nas competições.

Os golpes de jiu jitsu mais famosos são: Estrangulamento, Chave de braço, Chave de pé, mata leão, Triângulo chave Kimura, Omoplata, Guilhotina, Berimbolo.

O Jiu-Jitsu é um esporte que foi se profissionalizando cada vez mais com o decorrer do tempo, e existem vários órgãos regulatórios que mantém os campeonatos profissionais, como a federação paulista de jiu jitsu, e as federações dos campeonatos brasileiros de jiu jitsu garantem o nível dos atletas e de todos os envolvidos nos eventos de jiu-jitsu.

Infelizmente o Jiu-Jitsu ainda não é uma modalidade esportiva que compete nos Jogos Olímpicos, porém acreditamos que em breve veremos nossos atletas brilhando assim que o esporte passar a ser reconhecido como um esporte olímpico.

O Jiu Jitsu possui uma saudação que foi disseminada nesta arte marcial, porém, muitos que não são do meio não conhecem. Afinal, o que significa OSS no Jiu Jitsu?

A expressão OSS, ou OSU, foi criada pelos japoneses, especificamente na escola naval japonesa, e é uma expressão fonética e possui vários significados para os asiáticos. São estes:

"Sim", "obrigado", “desculpe”,e até serve como cumprimento.

No contexto do Jiu Jitsu, OSS é uma saudação de respeito, que significa que é reconhecida a habilidade do seu oponente, sendo utilizando antes do início do combate. Com isso, a expressão virou um cumprimento de todos que são do meio do jiu jiju, mesmo que não estejam dentro do tatame.